quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bugs Bunny

Hoje dei por mim com uma enorme vontade de escrever. É estranho, achava que tinha perdido a vontade e o “talento” (com ênfase nas aspas) há muito tempo.
Guess not.
Fiquei a olhar para a página no caderno, na aula de história (reparem na minha dedicação à instituição escolar), com a vontade, mas sem o assunto para escrever.
Pensei. Pensei. Pensei.
Nada.
Depois comecei a escrever.
É interessante quando tentamos escrever sobre um assunto pré-escolhido e não sai nada. Depois, quando desistimos, sai algo. Sim, é verdade que estou a escrever sobre não ter conseguido escrever, mas isso não interessa. O que interessa é que estou efectivamente a escrever. O chato é isto estar a sair completamente parvo (se é parvo para vocês então imaginem para mim), mas não me importo muito. Eu já sou parvo. Acham que estou com medo de parecer?
Podia estar a escrever sobre as aventuras do Bugs Bunny que, pelo menos nesse caso, haveria algum homem de 50 anos, careca e barrigudo, sem nada para fazer além de ler o meu blog e pesquisar pornografia.
Mas eu não estou a escrever para que seja lido. Estou a escrever pelo simples prazer de escrever. Daí parecer parvo. É que normalmente parecemos um pouco parvinhos quando estamos a fazer algo que gostamos muito. É como aquelas pessoas que adoram pinguins e depois têm imensos objectos com pinguins no quarto, ou espalhados pela casa, e quando se fala de pinguins ficam completamente maníacos e não se calam.
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Peço desde já desculpa se ofendi algum amante de pinguins que esteja a ler este blog. Quero apenas dizer que adoro pinguins, sempre os adorei. Adora a forma de andar, como se estivessem a tentar não rebentar um balão que se encontra entre as pernas, adoro o facto de andarem todo o ano vestidos como se fossem para uma entrega dos Globos de Ouro, adoro o facto de o pai ter de ficar a cuidar de ovos enquanto as mães vão ao buffet e adoro especialmente o facto de terem de percorrer vários quilómetros de um deserto gelado para irem para a cama uns com os outros.
Por isso não me interpretem mal. Por favor.
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“ Então, meu caríssimo blogger, por que está a escrever estas coisas num blog?” - pode perguntar o leitor mais abelhudo, mas deveras educado.
Porque me apetece. Vou fazer o que me der na telha. Gosto de colocar coisas na Internet (apesar de não ter feito daqueles vídeos encontrados em sites menos próprios para menores de 18 anos, mas que, graças ao maravilhoso Magalhães, podem ser visitados pelas crianças portuguesas). E também há a ínfima hipótese de o tal barrigudo de 50 anos vir aqui parar. Pode ser que se engane, em vez de pôr “gajas nuas” na pesquisa Google ponha Bugs Bunny, e venha parar aqui. É improvável, mas possível.
Peço desculpa por não ter falado sobre nada em particular, e no geral, e peço AINDA mais desculpas por não ter comentado mais coisas sobre Bugs Bunny e o careca que anda sempre atrás dele com uma espingrada. O que as crianças aprendem com os desenhos animados… Aquilo é que é educação. Qual pokémon, qual quê! Queremos é ver um coelho a ser perseguido por um caçador que lhe aponta uma arma e não seres completamente imaginários que utilizam aparelhos completamente inexistentes.
Despeço-me então com um bem colocado
What’s up, Doc?

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É careca, barrigudo e tem 50 anos? Sente-se injustiçado por parte dos bloggers? O seu calendário de uma mulher de pernas abertas não lhe chega, quer mais pornografia à borla e não sabe onde a encontrar?

NÃO DESESPERE MAIS! NÓS TEMOS A SOLUÇÃO!

Ligue 405 TARADO (827 236)

NÓS VAMOS AJUDÁ-LO!

Tentativa de Poesia 2: Legado

Sempre fui um sem-vida.
Uma jangada flutuando no mar,
Sem rumo.
Toda a minha juventude perdida,
Sem ir a nenhum lugar.

Deste rumo à minha vida.
Deste propósito à minha existência.
Tornaste-te no meu sol.
No centro da minha vida,
O meu motivo de excelência.

Não sou poeta,
Nem cantor.
Não sou um estudioso,
Não sou atleta
E muito menos pintor.

Uso palavras caras
Para desviar a atenção
Da simplicidade da rima.
Mais vale falar as claras
E passar directo para a conclusão.

Este poema não é muito.
Mas é o máximo que talvez possa.
Apenas peço perdão
E descrevo o meu intuito
Como a criação de poesia nossa.

Poema à minha amada dedicado.
Poema de amor
Ou poema do coração.
Eis o meu legado:
Para o meu amor, meu sol, minha fonte de calor.

Tentativa de Poesia 1: Quatro Elementos

Amor é fogo que arde sem se ver.
Desde sempre ouvi dizer.
Não há mentira nesta afirmação,
Já que o fogo é o elemento da paixão.
Mas o amor não é só fogo,
Pois há mais neste sentimento sôfrego.

Amor é água que corre sem se ver.
Clareza este elemento há-de trazer.
Pois amor não é só excitação.
Também é conecção.
É saber comunicar sem falar.
É saber o que o outro sente sem perguntar.

Amor é terra que se ergue sem se ver.
Protecção este elemento há-de trazer.
Ameaças externas irão atacar.
E os dois amantes terão de lutar.
Palavras e actos não irão ferir.
Os apaixonados ilesos irão sair.

Amor é ar que se espalha sem se ver.
Serenidade este elemento há-de trazer.
Pois no meio da exaltação
Tem de haver espaço para a emoção.
O ar concede profundidade
Ao que poderia ser uma ilusão.

E assim temos quatro elementos
Para formar o maior dos sentimentos.
Não sou Luis Vaz de Camões.
Não sou o português das poesias e declamações.
Mas as minhas intenções são as de um apaixonado
E a rima avança, sempre na minha amada concentrado.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Incertezas

O que é a vida? Será uma efémera aventura? Ou é apenas o prelúdio, a preparação, para a verdadeira aventura? Talvez haja algo mais. Talvez, porque nós, humanos, temos como uma das características da nossa espécie o facto de não podermos ter a certeza daquilo a que chamamos factos. Se pensarmos que as leis da gravidade se aplicam a todas as situações, então há uma probabilidade astronómica de que estamos errados, mesmo que as nossas estatísticas mostrem que está certa. Teríamos de ser algo mais que humanos para termos certezas que estejam correctamente certas.
Podemos fazer o melhor que conseguimos, mas a verdade é que nem sempre isso é o suficiente ou, numa visão mais pessimista, é sempre insuficiente. E muitas vezes nem tentamos, ou desviamos os nossos esforços para os empreendimentos errados.
Não quero certezas, quero resultados que melhorem a vida de todos.
Não quero o progresso pela simples noção de que estamos a progredir, quero o progresso para a preservação do que somos.
Não quero riqueza e luxo, quero sobrevivência e conforto.
Poderia dizer: “Não vamos desistir! Vai tudo correr bem. Um dia vamos deixar de viver na escuridão e vamos conseguir descobrir como resolver a maioria dos problemas globais. Já estamos a dirigir-nos nessa direcção.”
Eu quero acreditar nisso. Quero acreditar que, um dia, problemas como a fome, o terrorismo, o cancro, a SIDA, a depressão e as crises de ansiedade podem ser resolvidas de forma “pacífica”.
Mas é difícil pensar dessa forma quando pessoas à nossa volta, pessoas que amamos, estão a sofrer desses males. É difícil não ficar com raiva da raça humana quando pensamos que já foi inventada uma tecnologia que consegue matar milhões de pessoas com o premir de um botão, mas ainda não foi inventada uma forma de destruir, com segurança, células cancerígenas.
Não sei se quando morrermos vai haver algo mais. Se houver, esperemos que haja a segurança de não nos ser permitido matar-nos uns aos outros outra vez (sem falar no planeta Terra). Se não, se é só isto… Bem, acho que não nos resta mais nada além de fazer o melhor que podemos, estar com aqueles que amamos, desfrutar a vida da forma que conseguirmos (sem prejudicar os outros) e esperar que tudo corra bem.
Eu perguntei o que é a vida. Como humano que sou, não tenho a resposta correcta. Só acho que sei uma coisa: a vida humana é para ser preservada. E protegida, mesmo de nós próprios.